O Festival Regional SESI de Educação 2025 começou em clima de empolgação e colaboração no Expotrade, em Pinhais. Reunindo estudantes da Educação Básica do SESI Paraná e outras instituições, o evento celebra o protagonismo juvenil e a aprendizagem prática por meio de atividades que unem ciência, arte e tecnologia.
Criado para valorizar a experimentação e o aprendizado mão na massa, o Festival é o maior encontro de inovação educacional da rede SESI. Durante dois dias, alunos, professores e técnicos participam de torneios de robótica, mostras científicas e experiências maker, demonstrando como a educação pode transformar realidades e preparar jovens para o futuro.
Cerimônia de abertura inspira estudantes
A abertura do evento contou com a presença de líderes e autoridades que reforçaram o papel da educação na construção de um futuro com propósito.
“Estar aqui é muito importante e competir é mais importante ainda do que ganhar. Nós confiamos em todos vocês, estudantes, porque o futuro está nas mãos de vocês”, afirmou Hugo Molina, diretor regional do SESI Paraná.
O deputado estadual Fábio Oliveira destacou a importância de encontrar significado nas escolhas: “É preciso ter propósito e fazer as coisas com excelência para conquistar o sucesso. Acredito que vocês têm isso no coração.”
Já Fausto Augusto Junior, presidente do Conselho Nacional do SESI, lembrou o propósito original do Festival: “Quando o festival foi criado, a ideia era mobilizar escolas públicas e privadas para mostrar que é possível fazer uma educação diferente, e vocês são a prova disso. Professores e estudantes fazem essa transformação acontecer.”

Presidente do CN-SESI fala aos estudantes do SESI durante o festival - Foto: Matheus Coimbra/SESI Paraná
Torneio SESI de Robótica movimenta o público
Entre os destaques do dia, o Torneio de Robótica Sesi reuniu equipes de diversas regiões em três modalidades: FIRST LEGO League (FLL), FIRST Tech Challenge (FTC) e STEM Racing.
Para Vitória Nogoroto, fundadora do First Lego Girls e juíza voluntária do STEM Racing, a robótica é mais do que uma competição: é uma forma de inspirar e incluir. “A First Lego Girls nasceu para incentivar a participação das garotas na robótica. A robótica mudou minha vida e me trouxe até aqui e hoje, como juíza, posso retribuir tudo o que aprendi no Sesi”, contou.
Sobre o funcionamento do torneio, Vitória explicou que o STEM Racing vai além da corrida: “As equipes criam escuderias completas, pensam em engenharia, projetos sociais e marketing, como uma verdadeira equipe de Fórmula 1.”
Na FLL, os estudantes aplicaram seus conhecimentos em programação e resolução de problemas com o tema “Unearthed”, relacionado à arqueologia. A juíza Ana Clara de Oliveira destacou o envolvimento das equipes: “Durante seis meses, eles desenvolvem soluções reais e constroem robôs para cumprir as missões da temporada.”
A estudante Emanuelle Pires, da equipe Atom, do Colégio Sesi de Dois Vizinhos, apresentou o projeto do grupo: “Conversamos com arqueólogas e criamos um banco de dados digital para registro de artefatos arqueológicos, facilitando o trabalho em campo.”
Já Luiz Guilherme, juiz da categoria FTC, explicou como funciona a modalidade, que desafia os estudantes a aplicar conceitos avançados de programação, física e estratégia em partidas dinâmicas. “Os robôs precisam coletar e lançar artefatos, marcando pontos de acordo com o desempenho nas missões. As rodadas duram dois minutos e meio, sendo que os primeiros 30 segundos são totalmente autônomos, onde os robôs executam ações programadas sem intervenção humana. Depois disso, os competidores assumem o controle e precisam agir com precisão e criatividade para pontuar o máximo possível”, detalhou.
O juiz também comentou sobre sua trajetória na robótica e o crescimento da competição: “Participo do universo da FIRST desde 2015, primeiro como competidor e, depois, como voluntário e árbitro. Hoje atuo como Head Referee da FTC e fico impressionado com a evolução das equipes. Essa seletiva do Paraná é uma das maiores do Brasil, com um nível técnico que surpreende a cada partida.”
FICSesi – Feira de Iniciação Científica: um espaço que cria conexões entre indústria e sociedade
A Feira de Iniciação Científica SESI PR (FICSesi) é o espaço perfeito para jovens mentes brilhantes transformarem ideias em soluções reais. Voltada para a divulgação e promoção de pesquisas científicas inovadoras, a feira reúne estudantes da Educação Básica que estão prontos para mostrar ao mundo o poder da ciência e da criatividade
Durante a apresentação da FICSesi – Feira de Iniciação Científica, a estudante Mariah de Souza, do Sesi de Maringá, compartilhou o propósito do seu projeto “Apagamento de mulheres negras”.
“Meu projeto se chama Apagamento de mulheres negras, onde a gente analisou a trajetória das mulheres negras na sociedade que, mesmo tendo contribuições significativas, tiveram suas histórias invisibilizadas. Então, com esse projeto, buscamos enaltecer essas mulheres, por isso criamos uma ferramenta educacional antirracista que é uma história em quadrinhos contando a trajetória delas”, explicou a estudante.
Radar de Tendências e tecnologia educacional
O primeiro dia também marcou o lançamento do Radar de Tendências e Tecnologias da Educação Básica 2040 e da LigIA, agente de inteligência artificial criada pelo SESI para apoiar a preparação dos estudantes para o Enem.
“Nossa meta é colocar a LigIA em prática já no ano letivo de 2026. Ela vai incentivar os alunos com base em dados e aprendizagem adaptativa, auxiliando na jornada até o Enem”, destacou Raquel de Oliveira, gerente de Educação Básica do SESI.
O Festival Regional SESI de Educação segue como um verdadeiro laboratório de ideias e vivências, onde a curiosidade se transforma em descobertas e o trabalho em equipe constrói soluções para o mundo real. Entre experimentos, trocas e desafios, os estudantes mostram que aprender é também criar, colaborar e sonhar com um futuro melhor. Amanhã, o evento continua com novas apresentações, competições e experiências maker que reforçam o compromisso do Sesi com uma educação inovadora e transformadora.