Seminário Internacional: 'Falar de educação é falar de democracia'

Abertura de evento que integra o Festival SESI de Educação debate desafios para a inclusão diante das transformações tecnológicas

Por: Luisa Bretas
11/03/2025 - 18:00
Seminário Internacional: 'Falar de educação é falar de democracia'
O presidente do Conselho, Fausto Junior, na abertura do seminário | Foto: Iano Andrade/SESI
Os desafios da inclusão social e econômica passam pelo fortalecimento da escola enquanto lugar de cidadania, de debate e de construção de conhecimento em sintonia com as mudanças pelas quais passam o mundo, principalmente as tecnológicas.

A questão esteve no centro das falas de abertura do Seminário Internacional SESI de Educação, que teve início nesta terça-feira (11), em Brasília, e continua amanhã. A iniciativa é uma parceria do SESI com o Canal Futura, da Fundação Roberto Marinho.

Participaram da abertura o presidente do Conselho Nacional do SESI, Fausto Augusto Junior, o diretor superintendente do Departamento Nacional do SESI, Rafael Lucchesi, e o secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, João Alegria.

Em sua explicação, Fausto registrou uma relação profunda e histórica do SESI com os valores sociais e democráticos do Brasil.

“Falar de educação, dentro do SESI, é falar de tecnologia, é falar de conhecimento, mas é também falar de democracia. Para isso, precisamos ouvir as escolas e o que acontece nas salas de aula para construir o novo. Dentro do SESI, o valor da democracia é um valor importante e significativo”.

Segundo Fausto, as soluções para a educação passam pelo diálogo e pela escuta de quem está na ponta – educadores, professores, gestores, estudantes.

“A grande vantagem do SESI, em relação a muitos que discutem educação, é que temos mais de 300 mil alunos, e mais de 450 escolas, nós nos dedicamos sistematicamente a pensar a educação desde a sua origem”, afirmou.

Educação transformadora
Já o diretor superintendente do Departamento Nacional do SESI, Rafael Lucchesi, enfatizou o impacto da educação na produtividade e, consequentemente, na prosperidade do país.

“A agenda de competitividade é lida na produtividade do trabalho. E a produtividade do trabalho está associada à qualidade da educação, de uma educação moderna, transformadora, que considera a formação do estudante na sua plenitude, nas suas diversas dimensões”.

Lucchesi, assim como Fausto, frisou a importância atribuída pelo SESI aos professores. “O ponto de diferenciação maior do SESI é no trabalho forte de formação, de capacitação, de ter uma carreira para os professores, além de nenhum preconceito no uso intensivo de tecnologia, que tem se demonstrado uma ferramenta extremamente forte para o protagonismo do docente”.

Novas competências
João Alegria, por sua vez, destacou que a transformação da sociedade exige adaptação no campo da educação.

“Cada vez mais, a vida social e produtiva exige competências como flexibilidade, pensamento crítico, criatividade, colaboração, e a escola tem um papel essencial na construção dessas competências”.

Ele também destacou a relevância do evento ao reunir especialistas, líderes educacionais, educadores e estudantes.

“Espero que a gente possa sair daqui com reflexões, ideias e, sobretudo, com saídas, com caminhos, com compromissos, inclusive pessoais, de transformação da nossa prática e de transformação do nosso meio”.

Para Fausto, é essencial também levar o debate para o dia a dia das pessoas. “Nosso conhecimento não pode ser estéril. Ele precisa sair daqui e ir para as rodas de conversa, para os momentos de gestão, para os momentos de diálogo”, complementou.

Neurociência na Educação Integral
Após a abertura, o primeiro dia seguiu com duas mesas de debate. A primeira, com o tema “Neurociênca das emoções”, contou com a palestra do pesquisador espanhol Hector Ruiz Martin, da Universidade Autônoma de Madrid, e com os painéis Renato Noguera, pesquisador da UFRRJ, e Guilherme Brockington, pesquisador da Rede D'or de Pesquisa.

Especialistas debateram como o estudo de neurociência das emoções pode constribuir para a construção do projeto de Educação Integral, levando em conta o contexto atual das escolas.

Bem-estar escolar
E a segunda mesa, com o tema “Convivência escolar”, contou com a palestra do pesquisador Adriano Moro, da Fundação Carlos Chagas, e com participação de Bia Ferraz, do Programa Sociomocional Lekto, e Ana Zuanazzi, do Instituto Ayrton Senna.

O segundo debate do dia focou em iniciativas  para promover o cuidado, pertencimento e bem-estar na comunidade escolar. O tema ganha relevância diante do aumento gradual de casos de violência escolar e dos desafios de convivência no ambiente educacional.

O seminário faz parte da programação do Festival SESI de Educação, que segue até sábado com competições de robótica.

O primeiro dia do evento está disponível no canal do SESI no YouTube .

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