O Conselho Nacional do SESI participou, nos dias 4 e 5 de julho, do Cebrics, o espaço empresarial do Brics, em programação oficial realizada no Rio de Janeiro durante a presidência brasileira do bloco em 2025.
O encontro reuniu lideranças governamentais, empresariais e sindicais para debater temas como transição energética, qualificação profissional, inovação e desenvolvimento sustentável.
A participação dos conselheiros do SESI, representantes das centrais sindicais, reforçou o compromisso da instituição com o diálogo tripartite e com a construção de soluções que articulem produtividade, inclusão e justiça social.
Durante o evento, os conselheiros acompanharam painéis temáticos, momentos formativos e mesas de debate, contribuindo com reflexões sobre o papel do trabalho e da indústria na construção de um futuro mais equitativo.
Jurandir Pedro de Souza, conselheiro do SESI pela Força Sindical, destacou que a agenda do Brics evidenciou a importância de colocar a pessoa que trabalha no centro das estratégias de desenvolvimento. “O desenvolvimento de um país se mede também pela forma como trata quem o constrói todos os dias”, afirmou, ao defender saúde, educação e condições dignas como pilares de uma economia sustentável.
Representando a CUT, a conselheira e trabalhadora da indústria Francisca Trajano ressaltou que o crescimento da indústria brasileira deve estar diretamente ligado à equidade de gênero. Para ela, é essencial “valorizar a presença das mulheres com políticas consistentes de formação, liderança e proteção social” como caminho para um desenvolvimento mais equilibrado. “A equidade não é um detalhe — é o que garante decisões mais justas, ambientes mais fortes e um futuro verdadeiramente representativo”, completou.
A fala de Francisca dialoga com a programação paralela da Aliança Empresarial de Mulheres do Brics (WBA), realizada durante o encontro no Rio de Janeiro. O fórum reuniu lideranças femininas dos países do bloco para debater estratégias de fortalecimento do protagonismo das mulheres na indústria, com foco em inovação, acesso a mercados e inclusão nas cadeias globais de valor.
Trocas entre nações
Para Alexandre Donizete Martins, conselheiro do SESI pela UGT, o Brics reafirmou a importância das trocas entre diferentes nações como espaço de construção conjunta de soluções para os desafios globais.
Segundo ele, os debates sobre inovação, transição energética e educação foram marcados por uma preocupação comum: o futuro da juventude. “Refletir sobre o amanhã é agir no presente com coragem e responsabilidade — e foi isso que vimos no Cebrics: países diferentes unidos pelo compromisso com as novas gerações”, destacou.
Pela Nova Central, o conselheiro Artur Bueno de Camargo defendeu que um dos principais desafios da atualidade é alinhar crescimento econômico com inclusão social.
“Crescer com inclusão é o que diferencia um projeto de futuro de uma lógica que só replica desigualdades”, pontuou, ao defender políticas públicas integradas de educação, saúde e qualificação, com foco nos territórios e nas pessoas.
