O Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (CN-SESI) participa do Fórum Empresarial do BRICS 2025, realizado nos dias 4 e 5 de julho no Píer Mauá, no Rio de Janeiro.
A entidade apoia o Conselho Empresarial do BRICS (Cebrics), que reúne representantes do setor produtivo dos países-membros, e contribui com os grupos de trabalho sobre Desenvolvimento de Habilidades, Tecnologia Aplicada e Inovação e sobre Economia Digital e Inteligência Artificial.
O fórum antecede o encontro dos chefes de Estado do bloco e reúne autoridades públicas, empresários, lideranças acadêmicas e especialistas.
Na programação oficial do evento, o presidente do CN-SESI, Fausto Augusto Junior, será um dos palestrantes do painel “Desenvolvimento de Competências para a Transição Verde e Digital no BRICS”, marcado para o sábado (5), das 11h50 às 12h40, no Armazém 5.
Ele dividirá a mesa com Majid Ghassemi (CEO do Bank Pasargad), Onkar Kanwar (presidente da Apollo Tyres Ltd.), Mohamed Abu Hamra (CEO e diretor-geral da DP World Central Asia) e Qiu Guangyu, conhecido como Tony (CEO da Keeta). A moderação será conduzida por Andrea Almeida, vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
O painel discutirá como os países do bloco — formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã — podem expandir políticas de qualificação profissional diante das rápidas mudanças tecnológicas e ambientais. A proposta é debater caminhos para fortalecer a governança digital, modernizar marcos regulatórios e atrair investimentos que impulsionem inovação e reduzam desigualdades.
Fausto levará a perspectiva do SESI sobre como a educação básica, articulada à formação profissional, pode responder aos desafios contemporâneos. “Queremos conhecer experiências internacionais de educação que contribuam para a formação e entender como elas dialogam com os desafios colocados para a transição ambiental, tecnológica e do mundo do trabalho como conhecemos”, afirma o presidente do CN-SESI.
Segundo ele, além de apresentar as soluções desenvolvidas no Brasil, a participação no BRICS é uma oportunidade de aprendizado.
“O SESI está aberto ao diálogo. Ao observar o que está sendo feito em outros países, conseguimos refletir sobre o que podemos assimilar e adaptar à nossa realidade”, acrescenta. Ele também destaca a importância do papel social do SESI como instituição ligada à indústria, que atua diretamente na formação de jovens e adultos.
A visão é compartilhada pelo gerente de Planejamento, Gestão e Fiscalização do CN-SESI, Altair Garcia, que considera essencial acompanhar tendências internacionais em educação.
“O SESI é uma organização com 79 anos de história e presença nacional. Tem 457 escolas no Brasil e contabiliza mais de 360 mil matrículas em educação básica regular e EJA em todo o país, como nos mostrou o Relatório de Gestão do SESI Nacional de 2024. Estar neste fórum é importante não só pela troca com outros países, mas também pela oportunidade de construir parcerias, incorporar novas práticas e fortalecer a conexão entre a educação regular e a formação profissional”, afirma.
Além da participação do presidente e de gerentes da entidade, os conselheiros representantes dos trabalhadores e dos empresários também marcam presença no BRICS entre os dias 4 e 5, no Rio de Janeiro.
Um dos destaques será a participação de Izabel Itikawa, presidenta da Federação das Indústrias de Roraima, que representará o Conselho Nacional do SESI na abertura da plenária da Aliança Empresarial de Mulheres do BRICS (WBA), no Museu de Arte do Rio (MAR), às 14h. Na mesma plenária, às 15h15, a psicóloga Georgia Antony, especialista do SESI Nacional, será palestrante em um painel sobre saúde, produtividade e liderança feminina na indústria.
Entenda
Criado em 2013, o Conselho Empresarial do BRICS (BBC) é a principal plataforma de articulação entre o setor privado e os governos dos países-membros.
O órgão reúne 45 representantes de grandes empresas que, ao longo do ano, elaboram recomendações para ampliar o comércio, os investimentos e a integração produtiva entre os países do bloco. O principal resultado do trabalho do conselho é o Relatório Anual do BBC, entregue oficialmente aos chefes de Estado durante a cúpula.
Neste ano, o Brasil ocupa a presidência do Conselho Empresarial do BRICS, sob coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Com o lema “Cooperação Empresarial para um Futuro Inclusivo e Sustentável”, o país estruturou os debates em quatro pilares: transição energética e desenvolvimento sustentável; fortalecimento do comércio intra-BRICS e integração das cadeias de suprimentos; inovação e transformação digital; e governança do conselho com integração de novos membros.